Análise: XX Meia Maratona Internacional do Rio + Minha primeira meia

Por Edmur Hashitani - conteudo.mania@gmail.com

E aí Maníacos por Corrida! Mais uma prova completada com sucesso pela galera do Mania de Corrida. Desta vez foi a XX Meia Maratona Internacional do Rio.

Esta prova foi duplamente especial para mim, pois de uma só vez marcou a primeira fora do estado de São Paulo e a estreia em uma meia maratona. Vamos à análise.

Como sempre, a prova começa na retirada de kit. Ao chegar ao local da entrega, no sábado, levamos um susto com o tamanho da fila. Mas a organização disponibilizou quase 30 guichês e andava muito rápido. Principalmente se considerarmos que eram mais de 20 mil inscritos.

O kit era composto por uma camiseta, chip descartável, toalha e diversos brindes de patrocinadores como café, água de coco e atum.

A camiseta foi confeccionada pela Fila, com visual bem simples, mas bonito, muito leve e confortável, ideal para uma prova de longa distância. Com o kit já na mão, hora de se preparar para a corrida, jantar uma massa e dormir cedo.

Equipe Mania de Corrida após a prova
Já no domingo, durante a concentração, tudo bem organizado, com os pelotões separados, guarda volumes sem filas e banheiros (esses sim, com muita fila) e água disponíveis nas baias.

A largada foi relativamente tarde, às 8h45 (lembrando que houve a mudança no horário de verão neste fim de semana, então o horário do sol era 7h45), mas cumprindo o programado antes da prova, mas feita de forma bem organizada, em ondas. Logo de cara, saindo da Praia de São Conrado, uma bela subida de 2 km contornando o Morro do Vidigal. Na descida, a visão do paraíso, a praia do Leblon, quiosques de cerveja, refrigerante, petiscos, as tentações e pecados para os corredores ali, reunidos na sua frente. E toca a corrida com um sol para cada um.

Nesse momento, em que a prova começa a ficar difícil, o povo carioca foi de grande importância para incentivar aqueles que, como nós da equipe Mania de Corrida, estavam na ponta (de trás) do pelotão. Muitas pessoas estavam no canteiro central das avenidas da orla aplaudindo e apoiando os atletas. Para mim, essa participação da galera é uma das partes mais bacanas nas corridas de rua.

E tome sol. Tome calor. Lembra da subida do Vidigal? Pois ela tinha sombra. Preferia mais duas daquela do que os praticamente 18K no sol que vieram após a subida. Chegamos então ao 10º quilômetro da prova, na região de Copacabana.

Nessa hora passei um susto. Calafrios, arrepios, sensação de febre e, por alguns segundos, o mundo ficou estranho. Parei de correr. Parecia que o calor iria me vencer. Tudo o que passava pela minha cabeça era que tinha ido ao Rio para minha primeira meia, mas que não ia terminá-la. Mas, ao mesmo tempo, pensei que seria melhor desistir do que comprometer a saúde. Esperei para ver como meu corpo reagia e em dois minutos voltei ao normal. Voltei a trotar e segui na prova, mas atento.

Saindo da orla, tivemos alguns trechos de sombra, em especial os dois túneis que levam a Botafogo, que eram bastante arejados. E foi na praia de Botafogo que tudo valeu a pena. Ao olhar para a direita, surge o Pão de Açúcar com sua imponência e beleza. Nunca tinha tirado uma foto durante uma prova ou treino, mas não pude resistir a essa visão.

Pão de Açúcar visto durante a Meia Maratona do Rio
Foram 16 quilômetros até a chegada ao Aterro do Flamengo. E dá-lhe sol. Então foi só contornar os cinco (será?) quilômetros que faltavam e comemorar. Na linha de chegada, o GPS do TomTom marcava 21,79 km. Algumas pessoas reclamaram desse acréscimo, mas não considero nada absurdo, já que temos que levar em conta a tangência das curvas, pois a medição é calculada para o percurso da elite, o que pode fazer muita diferença. Além disso, houve os túneis, que podem dar diferença no sinal do satélite, então o percurso cumpriu o prometido.

Hora de pegar a medalha. Quando a vi pela primeira vez, com a reprodução do calçadão de Ipanema, a marca da prova e a estampa comemorativa dos 20 anos de prova, achei que podia ser mais bonita. Especialmente comparadas com algumas de edições anteriores, que vimos na exposição da corrida em um quiosque em Copacabana. Mas hoje, um dia depois da prova, estou olhando para ela e gostando mais. Talvez o 21K pudesse ter mais destaque do que os 20 anos, mas questão de gosto.

Medalha da prova
Sobre a estrutura da prova, a hidratação foi muito bem feita, com postos de água a cada três quilômetros e em alguns lugares, no terço final de prova, chegou a ter água a cada 1,5 km, sempre bem gelada. Além disso, todos os pontos tinham muita água disponível. Tanto que os próprios funcionários chegaram a incentivar a pegar mais de um copo, pois não ia faltar para os próximos corredores.

Durante o percurso também foram distribuídos isotônicos, géis de carboidrato e água de coco. Nesses itens, houve certa reclamação, pois o isotônico foi entregue já muito próximo do fim da prova e a água de coco acabou antes de todos passarem, bem como os géis . Vimos muita gente que não estava inscrita (e nem correndo de pipoca, apenas passeando na praia, mesmo) pegando esses produtos, o que deve ter atrapalhado a distribuição. Ainda assim, é algo que a organização deve planejar e controlar melhor, pois aqueles com tempo mais lento também devem receber aquilo que foi prometido.

Outro ponto que podia ser melhor é a saída. Como a chegada fica em um local diferente da largada, podia haver alternativas de transporte que levassem de volta a São Conrado, especialmente para quem não é do Rio e não conhece direito a cidade. Além disso, os guarda volumes estavam muito distantes da arena. Para quem correu 21K, andar mais um quilômetro faz muita diferença.

Placa de trânsito entre os quilômetros 18 e 19 me fez achar que ainda faltavam 20!
Ainda assim, após a prova, a grande reclamação foi mesmo sobre o calor. Claro que a organização não tem controle sobre isso, mas o horário da largada ser tarde contribui para que a temperatura esteja mais alta durante a corrida. Como a prova é internacional e conta com transmissão de TV, dificilmente esse horário será alterado para as próximas edições, mas antecipar o início ajudaria muito os atletas.

Apesar desses pontos, o saldo da prova foi muito positivo. Para a equipe Mania de Corrida, a viagem foi muito prazerosa e a corrida foi digna de elogios, como veremos nas notas abaixo. O percurso é fantástico e a recepção do povo carioca foi espetacular. Ainda não sabemos qual será a nossa próxima prova no Rio, mas certamente iremos voltar!

A título de curiosidade, já que o Mania de Corrida segue sendo pé quente, a prova foi vencida por brasileiros nas categorias masculina e feminina, quebrando a hegemonia queniana! Parabéns a Joziane Cardoso da Silva e Giovani dos Santos!

Vamos às notas da equipe Mania de Corrida

Estrutura: 7,2
Medalha: 7,8
Kit (pré e pós-prova): 8,5
Percurso: 9,5
Custo benefício: 8,0
Média: 8,2

Notas extras 
Calor: 35º
Sol: 0

Agora é sua vez de analisar a prova. Deixe sua nota e seu comentário neste link aqui.

E logo abaixo você assiste ao vídeo da cobertura da prova no nosso canal do YouTube. Vemos vocês na Chevrolet Run no próximo domingo, inclusive com o #PointDoMania na área. Não esqueça de passar por lá para tirar sua selfie com a gente e participar da promoção do Point para concorrer a um porta medalhas e uma camiseta do Mania! Mais informações sobre a promoção no evento da corrida.


Comentários

  1. Muito legal tudo que vc escreveu esse percurso é muito semelhante a Maratona do Rio mas que na chegada ao Aterro do Flamengo não é preciso dar aquela volta louca no Aterro,te recomendo a Meia da Maratona do Rio. Ferida de a todos e nos vemos na próxima!

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    Respostas
    1. Muito obrigado pelo comentário, Marcelo! Gostei bastante da sua indicação, pena que as inscrições para 2017 já se encerraram. Quem sabe em 2018! Abraço

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