Cannabis medicinal no esporte

 Care Club e Tegra Pharma promovem plenária sobre o tema

A desinformação, o preconceito e a falta de recursos para viabilizar pesquisas clínicas são os principais entraves no Brasil e até no mundo para a utilização da cannabis medicinal, tanto no esporte, como em patologias diversas. Para jogar luz sobre esse tema, a Care Club, pioneira no serviço multidisciplinar integrado de saúde, e a Tegra Pharma, farmacêutica brasileira dedicada aos usos terapêuticos da cannabis medicinal, promoveram uma plenária, com a participação de Raphael Camargo, diretor de Marketing da Care Club; Jaime Ozi, vice-presidente do Grupo OnixCann; Roberto Beck, otorrinolaringologista, Doutor em Ciências pela FMUSP e integrante do corpo clínico da Care Club; Ana Gabriela Baptista, fisioterapeuta, especializada em canabinoides, diretora de Produtos da Tegra Pharma e perita judicial em cannabis medicinal; e integrantes do Atletas Cannabis.

“A Tegra Pharma é uma parceria estratégica para a Care Club, que trata os esportistas de forma longitudinal, sempre inovando. E estamos pavimentando esse novo caminho juntos”, destacou Raphael Camargo, diretor de Marketing da Care Club. “O mercado está em ascensão”, acrescentou Jaime.

As duas empresas se uniram há um ano e vêm mudando paradigmas, ajudando na desmistificação desse medicamento, com efeitos muito positivos no tratamento de inflamações, ansiedade, sono e tantos outros. No esporte, profissional e amador, é normal que o corpo apresente inflamações, dores, ou até mesmo sintomas de ansiedade, alterações de sono e apetite, e lesões. E nesses casos, quando bem ministrado por médicos, a cannabis medicinal tem apresentado bons resultados. Inclusive, as duas empresas se uniram para apoiar pesquisa clínica, liderada por dr. Beck com os Atletas Cannabis. O objetivo é montar um protocolo para esportistas. Vale lembrar que, no ano passado, assistimos a primeira olimpíada com o uso liberado do CBD, um dos mais de 500 compostos da cannabis medicinal, e no fim do ano vamos presenciar a primeira Copa do Mundo. 

Com o esporte mundial em pauta, o CBD virou assunto e alguns atletas amadores e profissionais começaram a procurar os médicos para “experimentar” o CBD. Dr. Beck explica que, por se tratar de um medicamento, seu uso é indicado em casos específicos por médicos e dentistas especializados. Não é uma prerrogativa do paciente. “Nosso corpo possui o sistema endocanabinoide e por isso a cannabis medicinal funciona tão bem, é com uma chave na fechadura certa”, compara Ana. Dr Beck acrescenta que a principal função fisiológica desse sistema é modular o equilíbrio do corpo.  Esse sistema é ativado por canabinoides, ou produzidos pelo próprio corpo humano (endocanabinoides) ou por fitoderivados extraídos da planta cannabis (fitocanabinoides).

FALSO OU VERDADEIRO

CBD é droga – Falso.  Desde 2015, a Anvisa permite o acesso legal a produtos à base da cannabis medicinal no Brasil. A produção e fabricação ainda são proibidos. Os produtos são importados e ou finalizados no país. E só são vendidos com prescrição médica. Além do CBD, há outros canabinoides, como THC, CBN, CBG; e também terpenos (responsáveis pelo cheiro), flavonoides (responsável pela cor e sabor), entre outros.

Cannabis é doping -  Verdadeiro. Até 2018, qualquer medicamento a partir de cannabis era considerado doping pela WADA (Agência Mundial Antidoping). Desde então, a agência tirou da lista do doping apenas o CBD isolado. O uso recreativo da cannabis e medicamentos com outros canabinoides são considerados doping. No entanto, em 22 de setembro de 2022, a WADA publicou uma revisão, aumentando a tolerância de THC (tetrahydrocannabinol), em fase de competição  de 15 microgramas por milímetro de urina, para 150 microgramas, mesmo sem existir comprovação científica que o THC melhore a performance dos atletas. A regra se dá para manter o “espírito olímpico”. “Os benefícios da utilização da cannabis medicinal são indiretos, com menos dor e dormindo melhor o atleta, consequentemente, terá um sistema imunológico melhor, ficará menos doente, e a performance melhorará. Estará em equilíbrio”, destaca Beck.

CBD tem efeito psicotrópico – Falso. Quando usada recreativamente por adultos, a maconha, por causa do THC, altera a consciência, promovendo a euforia. Mas isso não ocorre na forma de medicamento.

O CBD dá sono – Verdadeiro. Uma das indicações do CBD é o tratamento da insônia, a depender da dose e tipo de fitocanabinóide utilizado.

CBD é em cápsulas – Verdadeiro. Os produtos derivados de Cannabis podem ser em forma de gotas (óleo), Roll On (dor muscular ou articular), loção (superfícies lesionadas) e cápsulas.

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