Montagem: Seoul Marathon |
O maratonista Daniel Ferreira do Nascimento, conhecido como Danielzinho, superou o recorde brasileiro da maratona, que já durava 24 anos, ao concluir a maratona de Seul, na Coreia do Sul, com o tempo extraoficial de 2 horas 4 minutos e 51 segundos.
A marca garantiu ainda o pódio na prova, ao chegar na terceira colocação. A maratona foi vencida pelo etíope Mosinet Geremew com 2h04m43s, novo recorde da prova, seguido por Herpasa Negasa, também da Etiópia.
A prova feminina foi vencida por Joan-Chelimo Melly, queniana naturalizada pela Romênia, com 2h18m04s e o pódio foi completado por Sutuma Asefa Kebede, da Etiópia e Eunice Chumba, queniana naturalizada pelo Bahrein.
Recordes
O recorde brasileiro até então era do mineiro Ronaldo da Costa, com 2h06m05s alcançada em Berlim, na Alemanha, em 1998. Naquela época esta marca foi o recorde mundial dos 42 quilômetros.
De quebra, Daniel levou ainda o recorde sulamericano, que também era a marca de Ronaldo e o recorde das Américas, que era de Khalid Khannouchi, dos Estados Unidos, com 2h05m38. A melhor marca de um americano na distância era de Ryan Hall, com 2h04m58s, mas não era considerado recorde oficial, pois foi obtida em Boston, onde a prova não atinge os critérios da World Athletics. Mesmo esta marca foi batida por Daniel, que reina soberano em todo o continente americano.
Outra marca, esta não-oficial, alcançada pelo atleta de Paraguaçu Paulista, é a de melhor tempo de um não-nascido no continente africano. O termo "não-nascido" se dá pois há casos de atletas que competem por países europeus ou asiáticos que concluíram uma maratona abaixo desta marca, mas são nascidos africanos e se naturalizaram posteriormente. Assim, entre os não-nascidos, Daniel agora é o mais rápido.
Danielzinho teve projeção mundial ao disputar a maratona olímpica ao lado do grande nome da modalidade, o queniano Eliud Kipchoge e chegar a cumprimentá-lo com um soquinho durante a prova. Na ocasião, o brasileiro abandonou antes do fim, mas a cena rodou o mundo.
Os recordes agora precisam ser oficializados pela WorldAthletics, que é o órgão oficial do atletismo no mundo.
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