Pista de atletismo da AEC Kauê é inaugurada em parceria com a ASICS Brasil

 


Imprensa ASICS


ASICS Brasil e a ONG AEC Kauê, em parceria com a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, inauguraram, neste domingo, a nova pista de atletismo gratuita do projeto, desenvolvida pela própria instituição, no Parque Linear Córrego do Rio Verde, em Itaquera, na zona leste de São Paulo. Em uma iniciativa de Francisco Carlos da Silva (Fran Kauê) -- fundador da AEC Kauê - com apoio da marca, a construção é a realização de um sonho que começou há 24 anos, quando o desejo de levar a corrida para jovens motivou Fran a criar uma pista improvisada no bairro onde morava, com estrutura básica, mas muito sentimento por parte de quem estava envolvido. A proposta apresentada para a Prefeitura faz parte do projeto “Correndo Para o Futuro”, criado pela AEC Kauê e patrocinado pela ASICS.
 

Com o objetivo de oferecer uma estrutura adequada para as crianças e adolescentes, que as desenvolvesse de fato para a corrida, Fran procurou a marca japonesa, que topou embarcar na iniciativa e participar da criação de uma pista de atletismo, com os recursos necessários para os jovens da AEC Kauê. O projeto visa, além da implantação da pista de atletismo de terra batida, o treinamento deste esporte, oferecido de forma gratuita para os atletas do “Correndo Para o Futuro” e demais usuários do parque, acompanhados por um treinador e um assistente. Nesse sentido, além de proporcionar a vivência na corrida, o processo permite a potencial descoberta de novos talentos que podem chegar ao alto rendimento, e formar a cidadania através do esporte.
 

O evento de inauguração contou com a presença de atletas ASICS, como Adriana Silva e Solonei da Silva, consagrados corredores de rua, que estiveram disponíveis para falar um pouco mais sobre a vida no esporte e interagir com os cerca de 30 jovens da instituição no local. Ainda estiveram presentes nomes importantes do esporte no Brasil, como Joel de Oliveira (Presidente da FPA) e Wlamir Campos (Presidente da CBAt).
 

“Depois de muita luta, conseguimos realizar um sonho tão grandioso e oferecer para as crianças da periferia a oportunidade de transformação através do esporte, que é uma ferramenta poderosíssima. E poder oferecer a eles condições mínimas, um lugar ideal, saindo de uma pista no meio da rua para uma semi-profissional, criada nos padrões da World Athletic, de terra batida com pó de brita, certamente os deixará mais confiantes quando forem competir. A oportunidade que a ASICS está nos oferecendo não é só de criar atletas de alto rendimento, mas de contribuir para uma sociedade mais justa, comprometida com os valores que o esporte transmite. As pessoas que estão no projeto Correndo Para o Futuro sentem-se abraçadas por essa iniciativa, e têm a certeza que a ASICS impactará diretamente na vida deles e no arredor da comunidade. Vimos hoje a potência do esporte nas periferias e o quanto ele é capaz de oferecer oportunidades, principalmente, para as minorias. Não pregamos o alto rendimento, mas a transmissão de valores, o comprometimento, para que possamos mudar vidas”, pontua Fran Kauê.
 

De acordo com o idealizador do projeto, a animação foi catalisadora para um desenvolvimento ainda mais potente da organização. “A alegria de poder iniciar o projeto da construção não trouxe apenas motivação, mas também deu resultado. Os meninos e meninas conquistaram medalhas em campeonatos estaduais, nacionais e em provas de rua. Jovens que começaram a correr atrás do sonho em uma pista de 200 metros pintada no meio de uma rua. A sensação de poder ter plantado uma nova semente em seus corações despertou ainda mais o espírito competitivo, e os torna cada vez mais campeões”, continua. Ele ainda pontua que o aspecto Sustentabilidade é um fator preponderante na nova pista. Composta estritamente por materiais naturais (terra batida, pó de brita, areia e grama), a pista tem manutenção diferenciada e sustentável, alicerçada na preservação do parque e na durabilidade ainda maior do trajeto, em relação a outros tipos de pista.
 

Um pedaço do Quênia na Zona Leste de São Paulo

Ouro na maratona nos Jogos Pan-Americanos de 2011, Solonei Silva sabe muito bem onde pisa e por que. O lendário corredor brasileiro comentou, ao longo da inauguração, algumas características fundamentais da pista AEC Kauê. Segundo ele, este é o tipo de pista predileto por corredores de origem queniana, considerados os melhores da modalidade no mundo. “No quesito treinamento, algumas pessoas dizem que a pista de terra não é legal. Mas se tem algo que é super difundido entre os corredores de alto rendimento é que, entre corredores de origem africana, em especial os quenianos, a grande mobilização é justamente para correr na terra, e não no asfalto. Por que? Por conta da longevidade que eles terão no momento em que estiverem em uma corrida no asfalto, além de se lesionarem muito menos”, afirma.

 

Solonei ainda pondera sobre os detalhes do impacto de uma pista desse tipo no corpo de um atleta. “Em relação a pista ser de terra, podemos considerar como um dos melhores contextos para a absorção de impacto -- o músculo esquelético é preservado. Isso se torna um fator positivo para ter mais longevidade, aumentando seu tempo de treino e competição, pois a pista de terra tem menos agressão. Além da absorção de impacto e evitar lesões, há outro fator determinante, que é a força necessária para realizar o deslocamento. Com esse tipo de pista absorvendo o impacto e sua impulsão para ganhar território, podemos dizer que ocorre o contrário num solo rígido, como o do asfalto, o que faz com que o atleta se torne mais rápido. Se você estiver com um ASICS NOVABLAST™, por exemplo, que tem grande amortecimento, vai parecer que você está correndo em espuma, afinal são somadas a absorção do solado e a do terreno. Pensando nessa transferência, de sair da pista de terra para a de asfalto, seu ganho de velocidade é muito maior, afinal a pista de terra “te treinou” para ter mais resistência e força. Em uma distância de 400 metros, a depender, seu tempo pode ser reduzido em 5 ou 10 segundos”, continua o maratonista.

 

O futuro da corrida no Brasil

Outras duas presenças ilustres no evento foram dois jovens que começaram a escrever seu nome no esporte brasileiro. Crias da AEC Kauê e do projeto Correndo Para o Futuro, Kauê e Vitor “Mini Bolt” são dois talentos que já estão sendo observados de perto e que já gera expectativa para o futuro da corrida brasileira. “Comecei no esporte aos 11 anos e sempre tive muita inspiração e apoio nesse projeto. Passamos por muitas dificuldades, mas nosso sonho sempre foi maior, e agora com esse presente incrível pensamos ainda mais alto. Tive o prazer de ser chamado para a Seleção Brasileira de cross-country e disputar o torneio Sul-Americano, algo que só tive condições por conta do apoio do Fran e do projeto”, conta Kauê, com 18 anos.
 

A Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, que junto à Secretaria do Verde e do Meio Ambiente também deu suporte à viabilização da pista AEC Kauê, também vê o futuro sendo construído dia a dia nestes espaços. “A partir do momento que as crianças têm uma referência como o Fran Kauê, que vem do mesmo lugar que elas e mostra que é possível, os sonhos delas ganham nova nuance. E quando viabilizamos um projeto como esse, uma estrutura apoiada por uma grande marca, por atletas que também já mostraram que é possível, faz com que elas ganhem perspectiva. Um mundo se abre, e isso tem um potencial de transformação enorme na vida desses jovens”, comenta Solange Menzel, coordenadora de eventos de rua da Secretaria de Esportes.
 

Com o objetivo de fomentar a corrida no presente e no futuro, a ASICS entende seu papel como uma das possibilitadoras desses frutos futuros. “É muito gratificante para nós, como marca, contribuirmos para o despertar de interesse e desenvolvimento de crianças e adolescentes pelo esporte e, consequentemente, para o desenvolvimento de jovens atletas e cidadãos. Desde que conhecemos a ONG AEC Kauê, soubemos que, juntando nossas forças, poderíamos ajudar, além dos nossos produtos de qualidade, com a projeção de um futuro mais possível” afirma Constanza Novillo, diretora de marketing da ASICS Brasil e América Latina, que esteve na inauguração junto a Alexandre Fiorati, presidente da ASICS na América Latina.
 

O parque, criado por decreto em 2012, já possuía equipamentos esportivos de ginástica e pistas de caminhada e de skate. Essa área verde recupera a vegetação ciliar nas margens do rio Verde, além de contribuir com a drenagem urbana. Com ações voltadas não só ao esporte, mas também à sustentabilidade, desenvolvimento da criatividade e saúde mental, a ONG possui ao todo 10 projetos em andamento, como o “Correndo para o Futuro”, e tem a intenção de atuar em outras demandas sociais, como a de moradores de ruas, idosos, portadores de síndrome de Down e Autismo. Para mais informações, acesse AEC Kauê.

 

Sobre a pista de atletismo:

Local: Parque Linear Córrego do Rio Verde -- Localizado em Itaquera -- Zona Leste de São Paulo

Medidas: 200 metros (medidas oficiais da World Atletics antiga IAAF) x 5 metros de largura.

Terreno: Terra batida com cobertura de Pó de Brita misturada com areia

Treinador/Supervisão: Francisco Carlos da Silva(Fran Kauê) -- Treinador Nível 1 da CBAT(Confederação Brasileira de Atletismo)
 

Sobre a AEC Kauê

Fundada no dia 3 de abril de 1998 por Francisco Carlos da Silva, conhecido como Fran Kauê, a AEC Kauê ajuda a transformar a vida de crianças, adolescentes e pessoas idosas da região através do esporte e dos projetos de inclusão social, como o Correndo Para o Futuro.
 

Os atletas do Projeto da AEC Kauê de Itaquera obtiveram bons desempenhos em competições que garantem vagas internacionais. Kauê Orvalho, um dos beneficiários do projeto, ficou em 4° lugar no Campeonato Sul-Americano Sub-20 de Cross Country.


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